Uma vistoria feita por engenheiros na escola municipal João Paula da Cruz, em Santa Rita do Araguaia (GO), há dois anos, aponta que 90% do teto está comprometido e com risco de desabar.

Mesmo com o perigo iminente, o espaço ainda não foi interditado. A Secretaria de Educação da cidade avalia, atualmente, as propostas de solução para o local e também a elaboração de um processo de contratação de serviços.

De acordo com a diretora da escola, Terezinha Marlene Azzulin, este descaso já vem de anos. “Estamos muito preocupados com esta situação, pois dois engenheiros de obra afirmaram que tem risco de desabar. Mesmo com esse perigo batendo na nossa porta todos os dias, a prefeitura não tomou nenhuma providência até o atual momento”, afirma a diretora.

A diretora explica que já se passaram mais de dois anos que a escola foi alertada sobre o perigo, porém, nenhum esclarecimento foi passado à direção. Conforme ela, no local há uma grande circulação de alunos, principalmente, na hora da entrada, onde todos se reúnem para formar a fila e irem para as suas salas. “A nossa preocupação aumenta em dias de chuva, pois chove mais dentro do que fora da escola”, conta.

A dona de casa Marlene Rezende, de 43 anos, mãe de um dos alunos que estuda no colégio, diz estar preocupada com a situação atual. “Fico aflita quando chega à época de chuva, pois desde que o meu filho estuda na João Paula, ele vem reclamando da falta de estrutura e o quanto chove no pátio que eles brincam”, diz.

O nível de descaso e abandono da escola está espalhado por toda a parte. A falta de material para os professores trabalharem ocorre diariamente. A diretora Terezinha Azzulin fala que por várias vezes professores tiverem que tirar dinheiro do próprio bolso para comprar material. “É um absurdo tudo isso, além de nos preocuparmos com o teto cair na nossa cabeça, temos que tirar muita das vezes dinheiro do nosso bolso para comprar material para dar aula”, conclui.

Outro lado
A secretaria de educação, Maria do Céu Fernandes Maciel, de 48 anos, afirma que um projeto já está em andamento para resolver o problema desta e outras escolas do município. Com apenas um ano atuando no cargo, ela conseguiu a reforma de uma creche que se encontrava na mesma situação da Escola João Paula da Cruz. “Nós temos uma verba da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), que nesse caso tem um acumulo durante o ano. Essa verba foi direcionada para reformar a escola, porém, inicialmente, demos preferência para a creche”, explica.

Fonte: Focagen/Marcos Augusto